BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS »

quarta-feira, 9 de maio de 2012

13th of May, 1997


            - Tem consciência do que me está a dizer?


Darien deixou-se afundar na cadeira perante tal pergunta. Niemans, o comissário da esquadra, olhava pela única janela daquela divisão cinzenta e austera. Era impossível ver-lhe a expressão, mas bastava sentir a atmosfera pesada que se instalara para perceber a gravidade da situação. Em cima da secretária jazia o amaldiçoado envelope, devidamente selado em plástico próprio.

            - Porquê agora? – O comissário perguntou, enquanto desviava o olhar da paisagem urbana e fixava o seu olhar perspicaz para o nervoso Darien. – Passaram quinze anos. Porque quebrar o silêncio agora? Com que intenções?

            - Não sei senhor. Não ao certo. Mas, ela mencionou o Jubileu.

            - Ah, claro. É difícil de acreditar que já tenham passado vinte e cinco anos. Como o tempo voa. – Disse franzindo o denso bigode cinzento. – Assim é fácil de compreender o timing. Falta pouco mais que uma semana para as festividades. Este assunto tem de ser esclarecido o mais rapidamente possível.

            - Concordo plenamente senhor.

        - Claro que sim. – Replicou sarcasticamente enquanto abria uma pasta que retirara do arquivo alguns minutos antes, folheando-a com muita atenção. – E é por isso que começarei por ti, Langdon. Afinal…

            Darien inconscientemente engoliu em seco. Tossindo discretamente para suavizar a voz, acedeu.

            - Claro senhor. Fui eu que encontrei a carta.

        - Sim e não só. Como eu estava a dizer, afinal de contas, você é de , não é verdade? Segundo sei, esteve presente durante os meses que antecederam a tragédia. Os meses que antecederam a aparição deste individuo, Marie Noir, seja ela ou ele quem for.

            - É verdade, comissário. – Darien respondeu de uma forma ligeiramente mais defensiva que o esperado. – Mas, como disse aos investigadores durante o inquérito, não sei quem é Marie Noir. Quem me dera saber algo, fosse o que fosse. Mas não sei.

            - Não duvido de si. Pelo contrário. A sua folha de serviço tem, obviamente, sido impecável. – O olhar experiente do comissário saiu da folha para a cara de Darien, fixando-se nos seus olhos castanhos. – Fora umas ausências justificadas e umas baixas médicas, a sua folha de serviço é a coisa mais parecida a uma folha perfeita. Isto aliado ao facto de ser um local da região afetada, estava a pensar nomeá-lo chefe de uma equipa especial de investigação para determinar a ameaça, se alguma, esta pessoa representa para nós.

1 comentários:

Anônimo disse...

I think you should have some actions/settings between those talks. Maybe even try to digest those long dialogues with some breaks of action/scenery/settings or actually make them move, walk, or MOVE any part of themselves besides their mouth...Because...it's...I just see a huge blackness and bla bla bla on it. I think you need to make the dialogues intercept with some anything happening besides nothingness D|